sábado, 9 de abril de 2011

Atividades de Interpretação de Texto Jornalístico

Atividades de Matemática - Dezenas

A Tragédia na escola de Realengo



Nesta semana, deparamo-nos com uma triste notícia que foi alvo da perplexidade e revolta de pessoas de todo o mundo: o massacre na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, que dizimou 12 crianças e deixou outras tantas hospitalizadas.

O grande questionamento gira em torno do autor do crime, o jovem de 23 anos, Wellington Menezes de Oliveira, que suicidou-se após a trajédia e deixou poucas pistas sobre a motivação que o levou a cometer tal atrocidade.

São muitas as especulações e tentativas de explicar o comportamento do atirador, mas entre quase todas elas é unânime a crença de que tratava-se de um indivíduo com transtornos psicológicos e/ou mentais.

O psicanalista Alberto Goldin deu sua opinião sobre o perfil de Wellington: “Não é um psicopata. O psicopata tira vantagem, não se mata; o melancólico se mata. Psicopata não é suicida”. E completa: “Era um perturbado que queria terceirizar sua dor: muitos vão chorar por ele, através das mortes. Em outra circunstância, ninguém choraria por ele. Tem ainda o fascínio da mídia, que é grande – passa do anonimato a um inimigo público, imitando os americanos”.

O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, também opinou afirmando que Wellington provavelmente sofria de transtorno de personalidade e não de doença mental: “É um tipo de comportamento chamado em inglês de mass murder, ou seja, assassino em massa. Geralmente são indivíduos entre 20 e 30 anos, solitários, que não param em emprego, com poucos laços com família, amigos e vizinhança. Eles costumam ter traços paranoides. Por exemplo, achar que todos são sacanas com ele, olham estranho ou estão falando e tramando contra ele. Procuram o isolamento social e às vezes podem estar tristes ou mostrar sinais de depressão. Buscam vinganças contra perseguidores reais e imaginários”.

O psiquiatra acrescentou ainda que, diferentemente de uma doença mental (depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e outras fobias adquiridas e desencadeadas por algum fator), no transtorno de personalidade a pessoa já nasce com o problema, ou seja, não há tratamento.

Há também quem afirme que o isolamento o qual se submeteu o atirador de Realengo, foi um fator decisivo na consumação da tragédia. Segundo o professor Francisco Martins, do Instituto de Psicologia do Rio de Janeiro, esses casos em geral acontecem com quem está em profundo isolamento. “A pessoa não tem com quem compartilhar seus sentimentos, dividir suas angústias. Acaba perdendo a paciência consigo mesma. Quando isso acontece, ela estoura”, afirma. 

O professor Martins acrescenta ainda: "Nas grandes cidades, é mais fácil ficar só. Se aumenta a coesão social, o risco pode diminuir”. Segundo ele, a presença de uma pessoa próxima pode “desligar a fervura” numa situação como a do assassino da escola do Rio.

E você, o que pensa de tudo isto? Qual o diagnóstico que você daria para Wellington?

São muitas as versões dadas na tentativa de se traçar o perfil do criminoso, entretanto, o mais difícil é entender como todos que conviveram com Wellington, muitos deles, especialistas em seres humanos como educadores, médicos, gestores, assistentes sociais, entre outros, nunca perceberam (ou se omitiram - o que é mais provável) que havia algo de incongruente no comportamento deste assassino.


Nohara Alcântara
Pedagoga, Psicopedagoga e estudante de Psicanálise Clínica

Avaliações da Aprendizagem de Português - Sugestões

Neste período em que costumamos aplicar avaliações para verificar a aprendizagem do aluno durante o 1º bimestre, segue para vocês, professores, algumas sugestões. Se quiserem, podem baixar os arquivos em PDF disponíveis ao final de cada avaliação.



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