Muitos
pais e educadores me questionam até que ponto a TV pode influenciar
negativamente as crianças, principalmente no que tange a formação de valores. O
fato é que a TV é um elemento que faz parte da sociedade contemporânea e não há
como negá-la ou excluí-la da vida cotidiana familiar, mesmo porque, ela é uma
importante fonte de comunicação e interação com o mundo. Cabe-nos apenas fazer
o uso consciente desde aparato tecnológico e usá-lo a favor da família e das
crianças através de um uso monitorado, consciente, crítico e seletivo.
Gostei
muito de algumas dicas trazidas por Patrícia Serejo, Penélope Ximenes e Yvanna
Gadelha-Sarmet no site Super Infância e achei pertinente compartilhar com
vocês:
Sobre o prejuízo de se
assistir à TV:
Assistir
à TV, em si, não é prejudicial para a criança. Inclusive pode ser uma atividade
educativa, relaxante, prazerosa e, nesse sentido, saudável. Mas assistir à TV
pode se tornar fonte de problemas em alguns casos:
a)
quando essa é a única atividade de lazer da criança;
b)
quando ela dedica a maior parte do seu tempo a essa atividade;
c)
quando ela assiste a programas inadequados para sua idade.
No
caso em que a televisão é a única atividade de lazer da criança, ou quando a
maior parte do seu tempo é dedicado a essa atividade, o prejuízo pode estar
relacionado ao fato da criança perder oportunidades de relacionar-se
socialmente, e assim, deixar de aprender comportamentos sociais importantes,
como a empatia e a assertividade. Quando a criança assiste a programas
inadequados para sua idade, ela pode passar a se comportar agressivamente ou de
maneira sexualizada, porque utiliza os programas que assiste como modelos a
serem seguidos.
Sobre a adequação dos
programas:
A
adequação ou não de um programa depende dos valores da família. A família deve
avaliar que assuntos estão sendo tratados naquele programa e a forma como eles
estão sendo tratados e deve se perguntar: “eu concordo com isso? Isso está de
acordo com os meus valores e com os meus conceitos?”
Uma
outra dica para saber sobre a adequação do programa é observar se houve
mudanças no comportamento da criança desde que ela começou a assistir àquele
programa, que mudanças foram essas e se essas mudanças são boas ou ruins para a
criança e para a família.
Sobre a televisão
educativa:
É
muito difícil impedir que as crianças hoje em dia tenham acesso a informações
antes consideradas inadequadas a elas. Assim, a televisão pode ser fonte de
muitas conversas entre pais e filhos sobre temas polêmicos e atuais. A criança
deve ser estimulada a pensar e conversar sobre o que assistiu. Dessa forma, a
família tem a oportunidade de discutir valores com as crianças, sobre o que é
certo e errado, bonito ou feio, etc.
Sobre a diminuição do tempo
assistindo à TV:
Caso
seja considerado, dentro dos valores de cada família, que a criança está muito
tempo em frente à TV, os pais devem agir no sentido de incentivar e criar
oportunidades para que a criança faça outras atividades, sejam elas em grupo,
com outras crianças ou mesmo com seus pais. Os jogos, os passeios, as
brincadeiras e os livros são excelentes formas de diversão, distração,
relaxamento, aprendizagem e interação social.
O
exemplo dos pais também conta muito. Se os pais têm como maior fonte de lazer a
televisão, os filhos tendem a aprender esse hábito com eles também.
Sobre a influência da TV no
desenvolvimento das crianças:
Trata-se
de dois problemas.
- O primeiro é que enquanto a criança assiste à TV, ela não realizando outras atividades que podem favorecer mais seu desenvolvimento motor, social, etc.
- O segundo problema é aprender a fazer o que fazem na televisão (quando não se tem a oportunidade de refletir sobre o conteúdo tratado) ou sentir muito medo, ansiedade e insegurança, desencadeados por programas que contêm temas inadequados como violência e sexo. Nesses casos, observamos surgir alguns comportamentos inadequados da criança que podem ter sido influenciados pela TV. Os pais são os responsáveis em julgar a que cada filho tem condição de assistir, de acordo com os valores de sua família.
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