terça-feira, 27 de setembro de 2011

A TV e formação de valores


Muitos pais e educadores me questionam até que ponto a TV pode influenciar negativamente as crianças, principalmente no que tange a formação de valores. O fato é que a TV é um elemento que faz parte da sociedade contemporânea e não há como negá-la ou excluí-la da vida cotidiana familiar, mesmo porque, ela é uma importante fonte de comunicação e interação com o mundo. Cabe-nos apenas fazer o uso consciente desde aparato tecnológico e usá-lo a favor da família e das crianças através de um uso monitorado, consciente, crítico e seletivo.

Gostei muito de algumas dicas trazidas por Patrícia Serejo, Penélope Ximenes e Yvanna Gadelha-Sarmet no site Super Infância e achei pertinente compartilhar com vocês:

 Sobre o prejuízo de se assistir à TV: 
Assistir à TV, em si, não é prejudicial para a criança. Inclusive pode ser uma atividade educativa, relaxante, prazerosa e, nesse sentido, saudável. Mas assistir à TV pode se tornar fonte de problemas em alguns casos: 

a) quando essa é a única atividade de lazer da criança;
b) quando ela dedica a maior parte do seu tempo a essa atividade;
c) quando ela assiste a programas inadequados para sua idade. 

No caso em que a televisão é a única atividade de lazer da criança, ou quando a maior parte do seu tempo é dedicado a essa atividade, o prejuízo pode estar relacionado ao fato da criança perder oportunidades de relacionar-se socialmente, e assim, deixar de aprender comportamentos sociais importantes, como a empatia e a assertividade. Quando a criança assiste a programas inadequados para sua idade, ela pode passar a se comportar agressivamente ou de maneira sexualizada, porque utiliza os programas que assiste como modelos a serem seguidos.

Sobre a adequação dos programas: 
A adequação ou não de um programa depende dos valores da família. A família deve avaliar que assuntos estão sendo tratados naquele programa e a forma como eles estão sendo tratados e deve se perguntar: “eu concordo com isso? Isso está de acordo com os meus valores e com os meus conceitos?” 
Uma outra dica para saber sobre a adequação do programa é observar se houve mudanças no comportamento da criança desde que ela começou a assistir àquele programa, que mudanças foram essas e se essas mudanças são boas ou ruins para a criança e para a família.

Sobre a televisão educativa: 
É muito difícil impedir que as crianças hoje em dia tenham acesso a informações antes consideradas inadequadas a elas. Assim, a televisão pode ser fonte de muitas conversas entre pais e filhos sobre temas polêmicos e atuais. A criança deve ser estimulada a pensar e conversar sobre o que assistiu. Dessa forma, a família tem a oportunidade de discutir valores com as crianças, sobre o que é certo e errado, bonito ou feio, etc.

Sobre a diminuição do tempo assistindo à TV: 
Caso seja considerado, dentro dos valores de cada família, que a criança está muito tempo em frente à TV, os pais devem agir no sentido de incentivar e criar oportunidades para que a criança faça outras atividades, sejam elas em grupo, com outras crianças ou mesmo com seus pais. Os jogos, os passeios, as brincadeiras e os livros são excelentes formas de diversão, distração, relaxamento, aprendizagem e interação social. 
O exemplo dos pais também conta muito. Se os pais têm como maior fonte de lazer a televisão, os filhos tendem a aprender esse hábito com eles também.

Sobre a influência da TV no desenvolvimento das crianças: 
Trata-se de dois problemas. 
  • O primeiro é que enquanto a criança assiste à TV, ela não realizando outras atividades que podem favorecer mais seu desenvolvimento motor, social, etc.
  • O segundo problema é aprender a fazer o que fazem na televisão (quando não se tem a oportunidade de refletir sobre o conteúdo tratado) ou sentir muito medo, ansiedade e insegurança, desencadeados por programas que contêm temas inadequados como violência e sexo. Nesses casos, observamos surgir alguns comportamentos inadequados da criança que podem ter sido influenciados pela TV. Os pais são os responsáveis em julgar a que cada filho tem condição de assistir, de acordo com os valores de sua família.

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